13/11/2020 às 16h42min - Atualizada em 13/11/2020 às 16h42min

Evento debate mudanças no mundo do trabalho

Evento realizado de forma virtual reuniu mais de 800 participantes. Secretário estadual da Saúde, Beto Preto, falou dos desafios da atividade médica em meio à pandemia durante a abertura do evento nesta quinta-feira (12)

- AEN

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou da abertura do I Simpósio Sul-Brasileiro de Saúde Ocupacional na noite desta quinta-feira (12). O evento, pela primeira vez online, tem como tema “As mudanças no mundo do trabalho: Presente e Futuro” e reuniu aproximadamente 800 médicos dos três estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O reconhecimento da importância da área da medicina ocupacional, especialmente no período de pandemia, foi destacado pelo gestor estadual. “Quero agradecer a parceria de trabalho no enfrentamento ao coronavírus, e foi por meio da saúde ocupacional que pudemos manter as atividades econômicas funcionando. A segurança do trabalho foi mantida possibilitando a manutenção dos empregos”.

O secretário, que é médico e atuou por anos como médico ocupacional e perito, disse que a medicina ocupacional foi importante para que a indústria pudesse seguir trabalhando e mantendo os funcionários com saúde e segurança.  “Nosso governo estadual reconhece e agradece o apoio e a necessidade da medicina ocupacional para que a sociedade como um todo siga funcionando bem.”

E pela primeira vez as três associações ligadas à medicina do trabalho da Região Sul do país promovem o evento juntas, o que possibilitou o acesso a mais profissionais.

O presidente da Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (APAMT), José Ricardo Facin Ferreira, disse que a medicina ocupacional é uma área ampla e que requer um olhar holístico do indivíduo. “Antigamente o médico do trabalho ficava restrito à atividade laboral. Agora precisa entender um pouco de cada etapa do trabalho”.

Facin explicou também que a medicina do trabalho é o primeiro ponto de apoio ao trabalhador. “Precisamos estar com percepção aguçada. Precisamos do apoio do psiquiatra, do ortopedista, do cardiologista, do endócrino, do dermato e ter contato contínuo com essas especialidade e aprender um pouco com cada uma delas”, disse. “Somos o primeiro contato com esse paciente e se limitar no olhar da saúde do paciente, não há como evoluir”.  

Para o secretário Beto Preto, o desafio a ser vencido é a fronteira que existe entre a Vigilância em Saúde do Sistema Único da Saúde e a Medicina do Trabalho.

O diretor da APAMT, Edevar Daniel, disse que a saúde ocupacional deve evoluir como a sociedade evolui. “Dentro das empresas o médico do trabalho é a pessoa que dá o suporte inicial. A saúde do trabalhador precisa estar atenta às mudanças que a sociedade apresenta e se adequar”.

Daniel, que também é diretor-geral da Escola de Saúde Pública do Paraná, reforça o papel importante da saúde pública. “A Sesa orienta as secretariais municipais, prefeituras para ter um olhar especial aos trabalhadores. É na atenção básica que é feito o atendimento inicial. Atuar junto à saúde ocupacional reflete no sistema de saúde pública porque, se identificada uma doença precocemente, são menos pessoas para atendimentos, menos perícias, menos pessoas hospitalizadas e isso é um ganho para o trabalhador e para a sociedade, para o sistema de saúde e também para a atividade econômica”.

SIMPÓSIO – O I Simpósio Sul-Brasileiro de Saúde Ocupacional é um evento que reúne quatro outros eventos: XXV Jornada Paranaense de Saúde Ocupacional, XXIII Jornada Catarinense de Saúde Ocupacional, XXVII Jornada Gaúcha de Medicina do Trabalho e III Encontro Ibero-Americano de Saúde do Trabalhador e ocorre entre os dias 12 e 14 de novembro. A programação completa pode ser consultada no site www.congressoapamt.org.br/programa.php


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