28/09/2017 às 20h01min - Atualizada em 28/09/2017 às 20h01min

Mano revela treino de pênaltis no dia da final e elogia Fábio: É diferente no momento decisivo

Treinador destaca que ficou preocupado com a lesão de Raniel logo no início da decisão e lembra que prometeu aos torcedores que recolocaria o Cruzeiro no caminho das conquistas

SporTV.com
Em sua segunda passagem pelo Cruzeiro, Mano Menezes ganhou nesta quarta-feira o seu primeiro título pela Raposa. A taça da Copa do Brasil, que foi conquistada nos pênaltis contra o Flamengo, garantiu o time mineiro na Libertadores e serviu para que o treinador cumprisse o prometido ao torcedor ainda em 2016: recolocar a equipe no caminho das conquistas e garantir uma vaga no torneio continental. Em entrevista, o treinador revelou uma estratégia que funcionou na finalíssima: fazer com que os jogadores treinassem pênaltis na manhã do dia da decisão. E elogiou a postura do goleiro Fábio nos momentos decisivos.
- Nós treinamos (na quarta-feira) às 11h. Nossa concentração favorece isso. Então, podemos fazer algumas coisas nessa hora de preparação. Não tínhamos ido bem na decisão no Paraguai, na Sul-Americana, quando fomos eliminados. Eliminamos o Grêmio aqui também, mas não fomos tão bem porque perdemos duas cobranças (...). Existe uma diferença entre os goleiros que pegam pênaltis e os goleiros que não pegam tantos pênaltis, independente de fase. Alguns são diferentes no momento decisivo. Eles sabem deixar o cobrador nervoso, induzir ao erro e controlar os seus nervos para não sair antes. O Fábio é um desses goleiros.
Mano não escondeu o alívio com o resultado da final e reconheceu que ficou preocupado com a saída de Raniel, aos cinco minutos do primeiro tempo. O treinador, que não pode contar com o experiente Rafael Sobis, suspenso, disse que a saída do jovem atacante mudou completamente a forma de jogar da Raposa, já que a entrada de Arrascaeta fez com que time só tivesse "jogadores leves" no ataque. Ele ainda lembrou que perdeu Robinho no fim da etapa inicial, também com um problema muscular.
- Você tem uma ideia do jogo, os atletas têm uma ideia do jogo, você faz um trabalho voltado para o jogo e perde um jogador com menos de cinco minutos. Cria uma situação difícil porque o ataque passou a ficar muito leve. O único jogador com força física era ele. Foi muito difícil nessa hora. Para ele também, já que você se prepara para ser o jogador da final, todo mundo entra em uma final pensando nisso. Mas a equipe está bem preparada e foi amadurecendo durante a temporada. Já temos um ano e quatro meses de trabalho e isso é raro no futebol brasileiro. O duro também foi que perdemos o Robinho no fim do primeiro tempo, também com questão muscular. A questão do Alisson foi por desgaste físico. E fomos obrigados a fazer a terceira substituição. Mas o título era para ser nosso (...). Eu prometi ao torcedor do Cruzeiro que nós voltaríamos a disputar títulos em 2017. Não só voltamos como conquistamos o título da Copa do Brasil. Devolvemos o Cruzeiro para a tão sonhada Libertadores, com uma vaga direta, no ano que vem.
Campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro volta a jogar no próximo domingo contra o Corinthians, às 16h, em Itaquera, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe paulista lidera a competição, enquanto a Raposa está na quinta posição.

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