Os Estados Unidos suspenderam o suporte de inteligência e o envio de armas para a Ucrânia, informou o diretor da CIA, John Ratcliffe. A decisão ocorre após um desentendimento entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, na última sexta-feira (28).
Segundo Ratcliffe, Trump questionou se Zelensky estava genuinamente comprometido com o processo de paz e, diante da incerteza, decidiu interromper temporariamente a assistência militar e o compartilhamento de informações estratégicas.
"Trump tinha uma dúvida real sobre se o presidente Zelensky estava comprometido com o processo de paz, e ele disse 'vamos fazer uma pausa'", declarou Ratcliffe em entrevista à Fox Business nesta quarta-feira (5).
Ainda de acordo com o diretor da CIA, o governo norte-americano está avaliando os próximos passos e pode retomar o suporte caso considere que a Ucrânia demonstre comprometimento com as negociações de paz.
Impacto da suspensão para a Ucrânia
A decisão dos EUA já está afetando as operações militares da Ucrânia. De acordo com uma fonte do governo americano, o país impediu o número de voos de inteligência, vigilância e reconhecimento, o que pode prejudicar as estratégias ucranianas tanto para defesa aérea quanto para operações ofensivas contra as forças russas.
A Ucrânia depende fortemente do suporte de inteligência dos EUA, que inclui o fornecimento de imagens de satélite, interceptação de comunicações e análises estratégicas sobre movimentações de tropas russas. Esse apoio tem sido crucial para a resistência ucraniana desde o início da invasão russa em 2022.
Fontes militares informaram que oficiais americanos e ucranianos estão avaliando os impactos da suspensão, enquanto Zelensky tenta reverter a decisão. O líder ucraniano teria enviado uma carta a Trump pedindo a retomada da cooperação, ressaltando a importância do apoio norte-americano para a defesa do país.
Cenário político e incertezas sobre o futuro do apoio dos EUA
Desde que reassumiu a presidência, Donald Trump tem sinalizado uma mudança na abordagem dos EUA em relação à guerra na Ucrânia. Durante a sua campanha eleitoral, ele prometeu priorizar um acordo de paz e reduzir o envolvimento militar direto dos Estados Unidos no conflito.
Apesar da suspensão temporária, Ratcliffe expressou otimismo de que a cooperação entre os países será retomada em breve:
"Acho que trabalharemos ombro a ombro com a Ucrânia, pois temos que repelir a decisão que está lá e colocar o mundo em um lugar melhor para que essas negociações de paz avancem."
No entanto, a mudança de postura da Casa Branca levanta dúvidas sobre a continuidade do apoio dos EUA à Ucrânia a longo prazo. Enquanto o governo Trump pressionava por negociações de paz, a Ucrânia continua a enfrentar ataques russos e depende do apoio ocidental para manter sua capacidade de defesa.
Autoridades militares americanas e ucranianas seguem monitorando a situação, aguardando um possível reposicionamento da política externa dos EUA diante do conflito.
Fonte: CNN Brasil
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