30/04/2020 às 12h56min - Atualizada em 30/04/2020 às 12h56min

Segurança preso por morte de mulher durante briga em mercado paga fiança para deixar cadeia, diz advogado

Mulher foi atingida por disparo durante briga entre segurança e um cliente que se recusou a usar máscara dentro do estabelecimento, em Araucária.

G1 PR
Divulgação
O segurança preso em flagrante após uma mulher morrer atingida por um tiro durante uma briga dentro de um supermercado de Araucária, na Região Metropolitana de Curtiba, pagou fiança para deixar a cadeia, segundo o advogado dele.
O valor de R$ 10 mil foi pago na quarta-feira (29), de acordo com o advogado João Teixeira.
Até as 11h desta quinta-feira (29) o alvará de soltura não havia sido recebido pela Polícia Civil, afirmou o delegado Tiago Wladyka, e o segurança permanecia preso.

A briga

O caso aconteceu na terça-feira (28). A funcionária Sandra Ribeiro, de 45 anos, morreu vítima de um disparo que aconteceu durante uma briga entre o segurança Wilhan Soares e o empresário Danir Garbossa.
  • Mãe lamenta morte de filha em mercado após briga entre cliente e segurança: 'Se ele tivesse colocado a máscara, tudo estaria bem'
Segundo os depoimentos colhidos pela Polícia Civil, a confusão começou após Danir se recusar a usar uma máscara ao entrar no estabelecimento.
As máscaras passaram a ser obrigatórias por decreto municipal um dia depois do caso. Na data do ocorrido, havia uma recomendação do uso, segundo a Prefeitura de Araucária.
Imagens de câmeras de monitoramento mostram que o cliente agrediu um funcionário do mercado e depois se envolveu em uma luta corporal com o segurança.
Danir e a funcionária foram atingidos por disparos durante a briga.
O segurança e o cliente foram presos em flagrante.

Investigação

Segundo o delegado Tiago Wladyka, o segurança afirmou ao ser detido que efetuou apenas um disparo, em legítima defesa, contra o empresário.
O segurança foi autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo o delegado, a reação em legítima defesa foi desproporcional.
O empresário que se recusou a usar a máscara foi autuado por perturbação a organização de trabalho, duas lesões corporais e violação a determinação do poder público pra evitar doenças contagiosas.
Wladyka afirmou que a polícia investiga a responsabilidade do empresário no disparo que acertou Sandra, e que ele pode ser indicado por homicídio ao final do inquérito.
Segundo o delegado, a arma estava regular, mas a Polícia Civil aguarda uma resposta da Polícia Federal sobre a permissão do uso da arma de fogo dentro do supermercado pelo vigilante.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »