17/04/2020 às 12h41min - Atualizada em 17/04/2020 às 12h41min

Paraná não entrou em quarentena: “Pode ser que venha em breve”, diz governador do Estado

Elizangela Jubanski
Divulgação AERP
Diferente de outros estados, o Paraná não entrou em ‘quarentena’ – termo usado para designar medidas enérgicas no combate à disseminação do vírus covid-19. A declaração foi dada pelo governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Junior, na manhã desta sexta-feira (17) no programa Em Pauta, da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp), em cadeia com 50 emissoras do Estado.
“É importante registrar que aqui no Paraná nós não entramos em quarentena. Nós temos um decreto do que poderia ser mantido e o que teríamos que fechar por causa de aglomerações. Mas nosso decreto orienta o que deve ser feito, são orientações para prefeitos e associações comerciais devem fazer para se precaver. Pode ser que em algum momento nós vamos precisar entrar. Quem vai dizer isso é a Secretaria de Saúde, conforme o volume de infectados e doentes”, alertou o governador do Paraná.
Para Ratinho Jr, a ‘quarentena pesada’ – termo usado anteriormente – poderá ser necessária no Estado, já que dias mais sevenos do covid-19 ainda virão. “A quarentena pesada foi adotada por países onde a situação foi drástica. Mas, não dá para a gente achar que o Brasil vai ser diferente, se aconteceu na China, Itália, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos. Ah, mas no Brasil vai ser diferente por causa do clima. Acontece que o Equador é dez vezes mais quente que aqui e recolheu ontem 800 corpos de dentro das casas. Não dá para brincar com o vírus”, detalha.
O governador explicou que, em caso de aumento significativo no número de pacientes positivos ao novo coronavírus, haverá a necessidade de endurecer o não funcionamento de comércios e estabelecimentos.
“A quarentena pesada virá se tivermos um número de infectados onde possa entrar em colapso o nosso sistema de Saúde, que é muito boa e organizada. Se mesmo assim, o vírus estiver em uma velocidade maior, nós possivelmente teremos de fazer uma quarentena pesada, que é fechar tudo. Queira a Deus que nós não precisemos fazer isso. Mas isso são decisões diárias, nem um dia ou um mês, são diagnósticos diários”, explica.

Tratativas

Há negociações em andamento e grupos de planejamento organizados para que shopping e academias voltem a funcionar, mas com restrições. “Podemos abrir o shoppings? Sim, mas com cuidados, restrições, com máscaras e álcool gel. Igual em academias, está mais do que provado que, quando você está ofegante, suando, o vírus se propaga com mais facilidade. Tudo isso tem que ser pensado. Nada pode ser de maneira irresponsável”, garantiu Ratinho Jr.
Segundo ele, um dos pontos importantes a serem discutidos com prefeitos de grandes cidades é o transporte coletivo. “Não podemos colocar cinquenta pessoas fungando no pescoço do outro. É esse cuidado que temos de ter para que o transporte coletivo não seja um instrumento de propagação”, finalizo

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