Bela Gil sobre alimentação da filha: 'tenho que respeitar as escolhas dela'

Apresentadora deu dicas para promover rotina mais saudável com crianças

Mãe de Flor, de sete anos, e Nino, de um ano, a apresentadora Bela Gil não esconde que é rígida na alimentação dos filhos. No evento de lançamento da nova loja da Cantão, no shopping Rio Sul, a chef explicou sobre como faz para conciliar a sua defesa por alimentos saudáveis com os apelos infantis por doces e outras guloseimas. Segundo ela, a filha mais velha não pede por balas e refrigerantes, mas ama carnes e brigadeiros, ambos alimentos que não entram em casa.
 
— Ela sabe que em casa não tem e não entra mesmo. Mas se ela vai numa festa, ela come bolo e brigadeiro. Ela sai com a avó para comer carne. Em casa, eu sou muito rígida com o que entra: são alimentos frescos, saudáveis, orgânicos. Mas eu tenho que respeitar as escolhas dela. Fora de casa eu dou as diretrizes — explicou Bela, que ainda deu conselhos aos pais que sofrem para vetar os pedidos dos filhos por alimentos pouco nutritivos.
 
— O problema está em não saber dizer “não”. O problema não é liberar de vez em quando. O problema é a criança pedir um achocolatado, por exemplo, no lanche escolar, uma rotina diária que ela faz cinco dias na semana. Antigamente o bolo de aniversário você comia uma vez ao ano. Hoje tem sorvete de bolo, biscoito sabor bolo, o bolo se tornou um alimento com variáveis e barato. Saber dizer "não" neste caso é você educar, colocar limites, do mesmo jeito que você fala: está na hora de dormir, de escovar os dentes, de desligar a TV — defendeu a apresentadora.
 
Para Bela, também é possível fornecer uma alimentação mais saudável mesmo quando os pais têm pouco tempo à disposição para se dedicar à cozinha. Ela recomenda que as famílias aproveitem o tempo livre para cozinhar e congelar os alimentos que serão consumidos ao longo da semana.
 
— Tem que usar a tecnologia ao nosso favor. Faz um feijão e congela. Faz um molho caseiro e congela. Chegou em casa e não tem nada? Faz um macarrão e pega um molho nutritivo que você fez com cenoura com beterraba. Vegetais são mega rápidos, cozinham super rápido. Tempo não significa uma desculpa — acredita ela, que diz que o primeiro passo é perder o medo do fogão.
 
— Quando a pessoa não cozinha, ela se sente amedrontada. Uma vez que você tira esse medo, pega uma faca, pega uma colher de pau e vai para o fogão e cozinha… Ah, não é tão difícil como eu imaginava. Fazer uma sopinha não é um bicho de sete cabeças. E planejamento. Pega o final de semana e faz um pouco mais de comida e congela. Igual a pessoa que é superocupada, mas acorda meia hora para poder correr. É prioridade, é querer — afimou.
 
Engajada nas redes sociais (ela tem mais de um milhão de seguidores no Instagram), Bela explicou que defende a diminuição do consumo da carne e dos transgênicos por questões ambientais. Nas redes, ela tem sido crítica a ações recentes do governo, como a tentativa de extinguir uma reserva mineral na Amazônia ou o decreto que pode diminuir a informação sobre produtos transgênicos.
 
— Todo mundo está falando sobre a Amazônia, o que eu acho importante, mas como a gente a protege no dia a dia? É diminuindo o consumo da carne, dos transgênicos, de diversos produtos que provocam o desmatamento da Amazônia — argumentou a chef, que encontra otimismo em relação ao Brasil ao ver o comportamento dos mais jovens.
 
— É interessante como as pessoas estão mais engajadas na política, estão se informando. Meu otimismo está nisso, nessa mudança de comportamento. Assim conseguimos criar uma geração nova, totalmente diferente e que vai levar a esta mudança. O que está no governo é o espelho do que fizemos até hoje.