06/01/2020 às 20h39min - Atualizada em 06/01/2020 às 20h39min

Pai que matou filha de 1 ano é agredido por vizinhos e morre em delegacia

- MARCOS NUNES E RAFAEL GALDO
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a causa da morte de um homem, de 35 anos, ocorrida na madrugada desta segunda-feira, dentro da 126ª DP (Cabo Frio), no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos. Portador de problemas psicológicos, segundo relato de seus familiares, ele havia sido preso horas antes por policiais militares, após sofrer um suposto surto e esfaquear a própria filha de um ano e a mãe de criança, de 33.
A agressão ocorreu em uma casa do Bairro Unamar. O bebê não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher foi ferida na mão. Depois de ouvir gritos das vítimas, um grupo de pessoas ainda não identificadas, invadiu a residência e agrediu o homem a socos, pauladas e golpes de uma pá.
Socorrido por policiais militares e por bombeiros, ele foi levado para o Hospital Tamoios e de lá, foi transferido para 126ª DP, onde acabou sendo autuado em flagrante por homicídio e tentativa de homicídio.
Segundo a polícia, por volta das 5h desta segunda-feira, presos que estavam em uma cela chamaram os policiais alertando que homem estava passando mal.
Retirado do xadrez, ele ainda foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu. Os investigadores da 126ªDP aguardam o resultado de um exame cadavérico para saber qual a causa exata da morte do homem.
Caso fique confirmado que a morte ocorreu por espancamento, o fato passará a ser investigado como homicídio.
O autor da morte da criança, era pai de uma outra menina, fruto de um relacionamento anterior. Ele já havia se envolvido em mais um episódio de violência doméstica.
Um processo que tramita no Juizado Especial Criminal de Rio das Ostras, também na Região dos Lagos, revela que o mesmo homem já respondeu por lesão corporal decorrente de violência doméstica, quando foi acusado na época de agredir a sua então sogra.
O caso teria ocorrido há nove anos, quando ele vivia com uma outra companheira, com quem teve uma filha. Atualmente a criança tem 8 anos.
Na época, ele teve um surto e me agrediu com socos quando tentei interferir numa discussão dele com minha filha. Ela viveu com ele por uns quatro anos. Mesmo assim digo que ele era bom pai — disse a ex-sogra do homem.
Ela disse ainda que o homem já havia buscado tratamento psicológico.
O que fizeram com ele (de espancar) foi uma covardia. Ela havia perdido a sanidade. Chegou a buscar tratamento em uma clínica. Dizia na época que escutava vozes que ordenavam que ele matasse a todos. Ficou internado lá um tempo, mas saiu depois. Minha neta não sabe ainda do que aconteceu. Contamos apenas que a irmã sofreu um acidente — disse.
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