02/01/2020 às 20h22min - Atualizada em 02/01/2020 às 20h22min

Porta dos Fundos: suspeito de ataque está na Rússia

- JORNAL EXTRA
Um dos suspeitos do ataque contra a produtora Porta dos Fundos, o empresário Eduardo Fauzi, de 41 anos, está em Moscou, na Rússia. A informação foi adiantada pela TV Globo e confirmada pela Polícia Civil do Rio ao GLOBO.
De acordo com a emissora, Fauzi viajou na tarde do dia 29 de dezembro para Paris, um dia antes da expedição do mandado de prisão contra ele. Imagens mostram ele chegando de táxi ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio, passando pelo dectetor de metais da área de embarque e se dirigindo ao avião enquanto falava ao telefone.
A polícia do Rio já pediu a inclusão do nome de Fauzi na lista de procurados pela Interpol. Ele esteve três vezes para a Rússia no ano passado. Ele viajou para visitar a família que mantém no país, formada pela mulher, uma dançarina de 29 anos, e o filho dos dois, um menino de três anos.
Os investigadores chegaram a anunciar que pediriam ajuda da Polícia Civil de Santa Catarina para encontrar Fauzi. Ele teria dito a amigos, por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas, que estaria em Florianópolis. A suspeita, no entanto, não se confirmou.
Bilhete de volta
Fauzi está foragido desde terça-feira, quando foi alvo de uma operação policial, e publicou um vídeo na internet no dia seguinte no qual chama os integrantes da produtora de "criminosos, marginais e bandidos". Nas imagens, ele expõe críticas ao especial de Natal do Porta dos Fundos ("A primeira tentação de Cristo") por retratar Jesus Cristo como homossexual.
Além de ter acionado a Interpol, a polícia já informou que irá pedir a extradição de Fauzi à Rússia e descobriu que ele comprou uma passagem de volta ao Brasil, marcada para o dia 29 de janeiro.
Os investigadores acreditam que o grupo responsável pela ação contra o Porta dos Fundos era formado por cinco pessoas — Fauzi seria o motorista do carro que aparece nas imagens registradas por câmeras de segurança. Em uma das gravações, ele é visto após o ataque em uma rua de Botafogo desembarcando e retirando uma fita que escondia a identificação do automóvel.
Além de Fauzi, que atuava como guardador de carros no Rio, a polícia também investiga outras quatro suspeitos de participação no ataque. Eles poderão ser indiciados por associação e organização criminosa.
A Delegacia de Crimes de Informática (DRCI) do Rio já quebrou, com autorização da Justiça, o sigilo de dados telemáticos desses suspeitos. Nos próximos dias, mensagens enviadas por eles em plataformas como e-mail, Whatsapp, Facebook e Messenger serão analisadas pela corporação.
O episódio envolvendo o Porta dos Fundos não foi a primeira passagem de Fauzi pela polícia. Ele possui 20 anotações criminais em sua ficha e é investigado por envolvimento com uma milícia que atua no Centro do Rio. Em 2013, ele foi preso em flagrante por ter dado um soco no então secretário de Ordem Pública Alex Costa durante uma entrevista e, em fevereiro do ano passado, acabou condenado a quatro anos de prisão por esse caso.
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