27/11/2019 às 09h41min - Atualizada em 27/11/2019 às 09h41min

Saúde registra primeira morte por dengue no segundo semestre

O óbito ocorreu em Nova Cantu, no Centro-Oeste. Trata-se de uma mulher de 31 anos com quadro de anemia crônica. O caso consta no boletim divulgado nesta terça-feira (26), referente ao período epidemiológico iniciado em 28 de julho

- AEN
O Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), por meio do Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier (HR), recebeu mais de R$ 9,5 milhões para aquisição de equipamentos de alto custo para atendimentos neurológicos.
Em reunião nesta terça-feira (26), governador Carlos Massa Ratinho Júnior agradeceu pessoalmente o procurador do Ministério Público do Trabalho, Humberto Luiz Mussi de Albuquerque, pelo repasse.
Paraná terá unidade moderna para tratar doenças neurológicas
Centro será instalado no Hospital de Reabilitação, em Curitiba. Unidade recebeu mais de R$ 9,5 milhões para equipamentos para cirurgias neurológicas de alta complexidade. Recursos foram disponibilizados pelo Ministério Público do Trabalho.
O Paraná registrou a primeira morte por dengue desde o início do atual período epidemiológico, em 28 de julho. O óbito ocorreu em 17 de novembro no município de Nova Cantu, no Centro-Oeste do Estado. Trata-se de uma mulher de 31 anos que apresentava quadro de anemia crônica como fator de risco.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca que a situação da dengue no Paraná é grave e alerta toda a população para que adote com urgência as medidas preventivas, com uma verificação detalhada nos quintais, terrenos e ambientes internos das residências, eliminando os pontos que acumulam água parada, que podem se transformar em criadouros do mosquito da dengue. “A maioria dos focos está em ambientes domiciliares e precisamos de uma ação urgente de toda a sociedade no combate ao mosquito. Dengue mata”, afirma Beto Preto.
BOLETIM - O boletim semanal da dengue divulgado nesta terça-feira (26) pela secretaria estadual da Saúde registra 330 novos casos confirmados da doença. Destes, 135 no município de Nova Cantu, 78 em Quinta do Sol, na mesma região, e 25 em Cianorte, no Noroeste do Estado.
Desde o início deste período epidemiológico, em 28 de julho de 2019, até agora, o Paraná soma 1.564 casos confirmados. Na semana passada eram 1.234 – um aumento de 26,7%.
São 1.194 casos de dengue adquiridos na cidade de residência dos pacientes, chamados de casos autóctones, e 29 casos importados, quando a pessoa contraiu a doença fora da cidade onde mora.
ALERTA – Dez municípios estão em situação de alerta para a dengue: Lindoeste, Juranda, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Florestópolis, Leópolis e Uraí. Outros sete estão no patamar de epidemia: Nova Cantu, Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Floraí e Uniflor.
As 22 Regionais de Saúde do Estado registram notificações para a dengue, totalizando 11.308 no período monitorado.
CHIKUNGUNYA – O boletim desta semana confirma mais um caso de chikungunya, desta vez em Toledo. É um caso importado. A paciente de 23 anos contraiu a doença na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O caso evoluiu para cura e a mulher passa bem.
Há cinco casos de chikungunya registrados no Paraná, em Araucária, Curitiba, Foz do Iguaçu e Maringá. Todos são importados, ou seja, não foram adquiridos na cidade de residência dos infectados.
ORIENTAÇÃO – O Governo do Paraná e a Secretaria de Estado da Saúde desenvolvem várias ações de combate à dengue em parceria com os municípios e orienta sobre os perigos da doença em campanha veiculada em todo o Estado. “O recado principal é que a dengue mata e que a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, depende da participação de todos nós, não deixando acumular água parada”, ressalta a Ronaldo Trevisan, da Coordenadoria de Vigilância Ambiental da secretaria.
Ele orienta que os locais mais comuns para a formação de criadouros são os pratinhos de vasos de plantas, pneus, garrafas, ralos, calhas, lajes, entulhos, lixeiras e o coletor de água das geladeiras e aparelhos ar-condicionado.
“Além destes pontos, é preciso também uma vistoria minuciosa nas caixas d’água, cisternas e poços, tonéis e depósitos de água e, inclusive, nas falhas de reboco das paredes, muros e fossas. Tudo deve ser mantido limpo e fechado para não se transformar em criadouro”, explica Trevisan.
 
Como as temperaturas vão aumentar no próximo mês, acrescenta, é preciso acabar com a situação endêmica no Paraná e evitar óbitos. “O verão começa no mês que vem e o número de pessoas doentes pode aumentar em todas as regiões, caso as medidas preventivas não sejam adotadas pela população”.
 
PERÍODO ANTERIOR – No período anterior, de julho de 2018 a julho de 2019, o Paraná totalizou 22.946 casos confirmados dengue e 23 óbitos. As mortes foram registrados em Londrina (9), Cascavel (4), Paranavaí (3), Foz do Iguaçu (3), Maringá (2), Campo Mourão (1) e Cornélio Procópio (1).
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