28/10/2019 às 10h03min - Atualizada em 28/10/2019 às 10h03min
Honda e Yamaha competem na 'corrida' por scooters elétricos, mas também são parceiras
No Salão de Tóquio, Honda aposta em modelos utilitários e Yamaha revela conceitos futuristas. Sistema de baterias compartilhadas deve ser a solução para impulsionar o segmento
- RAFAEL MIOTTO
A eletrificação das motos começa a ganhar cada vez mais força entre as grandes montadoras. No Salão de Tóquio 2019, Honda e Yamaha mostraram scooters com este tipo de tecnologia.
Apesar de manter a rivalidade, elas atuam juntas no desenvolvimento de baterias. O objetivo é tornar os veículos elétricos mais viáveis.
Para isso, estão unindo forças, criando baterias retráteis, que podem ser usadas em modelos de mais de uma fabricante. Além de baixar os custos de desenvolvimento, há vantagem também para o cliente, que passa a ter maior oferta de baterias.
Essa tecnologia está presente nos novos scooter elétricos da Honda. Benly e Gyro e chegam ao mercado japonês em 2020, se juntando à versão elétrica do PCX. A ideia é que o usuário possa trocar de bateria quando a carga termine, em estações, deixando a bateria descarregada e pegando uma cheia.
No caso da Yamaha, os modelos apresentados em Tóquio ainda são conceituais. E01 e E02 devem expandir a linha de elétricos da marca, que já possui o EC-05 sendo vendido no mercado asiático, modelo que também trabalha com baterias compartilhadas.
Esse esforço para criar uma solução viável de recarga para motos elétricas, com baterias removíveis, também conta com a participação de Suzuki e Kawasaki, mas estas ainda não revelaram projetos de scooters elétricos.
Outra montadora de presença mundial que está investindo em veículos elétricos de duas rodas é a Harley-Davidson. As motos elétricas ainda não possuem grandes presença no mercado global, apenas na China elas estão mais proliferadas, mas em sua maioria como pequenas bicicletas elétricas.
Scooters utilitários
Gyro e e Benly e tem ambos a mesma base, mas a diferença é que o primeiro tem duas rodas atrás, enquanto o segundo é um scooter convencional. O objetivo principal desses modelos será o de ter função utilitária carregando pequenas encomendas.
Por isso, possuem amplo espaço para levar objetos em seu bagageiro. Ainda sem os detalhes técnicos revelados, os scooters terão desempenho semelhante ao de modelos de baixa cilindrada.
A má notícia é que os espaço embaixo do banco, comum nos scooters, não está lá porque é exatamente ali onde ficam as baterias. Feito para o mercado japonês, não há expectativa que os modelos sejam vendidos no Brasil.
Yamaha aposta na recarga rápida
Além do superfuturista scooter de 3 rodas com capota, a Yamaha revelou em Tóquio E01 e E02. O maior deles, o E01, terá o desempenho semelhante ao de uma moto de 125 cc de cilindrada, enquanto o E02 é como uma “cinquentinha”.
Para estes modelos, a Yamaha apostou no sistema de recarga rápida, ou seja, com um tempo de recuperação de energia mais rápido quando ligado a tomada.
Apesar de ter um visual e cores bem futuristas, o E01 se parece mais com a linha de scooters movidos à combustão da Yamaha, o que leva a crer que o modelo pode estar próximo de ter uma versão de produção oficializada, apesar de não haver confirmação oficial da marca sobre seu lançamento.