18/07/2018 às 10h31min - Atualizada em 18/07/2018 às 10h37min

Cidades mineiras têm vacinação em casa para evitar surto de sarampo.

De acordo com o Ministério da Saúde, há surtos de sarampo nos estados de Roraima e Amazonas. Só em Manaus, já foram confirmados 444 casos.

G1

Em Minas, já tem cidade em que agentes de saúde estão fazendo operação pente fino para evitar um surto de sarampo.

As enfermeiras da prefeitura de Betim, na Grande Belo Horizonte, saem batendo de porta em porta. A visita surpresa é para saber se tem alguém precisando tomar vacina.

Os pais Kelly e Luís levaram um puxão de orelha: perderam a caderneta. E para fazer uma nova, tiveram que tomar uma dose da vacina. “A gente presta mais atenção nas crianças e acaba esquecendo da gente”, admite o pai.

Os agentes de saúde estão fazendo um pente fino nos cartões de vacina das crianças e também nos dos adultos que ainda não completaram 50 anos de idade. É um esforço urgente para tentar localizar aquelas pessoas que estão sem nenhuma defesa contra o sarampo.

“Sarampo é uma doença perigosa. Nós temos alguns sintomas que podem ser desde uma dor intensa no corpo, febre, coriza, congestionamento nasal, e pode ter também infecções secundárias como pneumonia, e pneumonia pode levar o indivíduo a morte”, explica Nilvan Justino Baeta, diretor da Vigilância em Saúde de Betim.

Em Belo Horizonte, os agentes de saúde devem começar as visitas nas casas esta semana.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, há surtos de sarampo nos estados de RoraimaAmazonas. Só na cidade de Manaus, pelos dados da Secretaria Municipal de Saúde, já foram confirmados 444 casos da doença e mais de 2 mil estão sendo investigados. Um bebê morreu. Lá, ainda falta vacinar 27 mil pessoas para atingir a meta de 95%.

Em Boa Vista, a Secretária Municipal de Saúde já confirmou 132 casos de sarampo. Duas pessoas morreram.

Uma das preocupações da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais é que a vacinação, que atingiu 100% das crianças de 1 ano em 2015, não passou de 88% em 2017. Agora, a conscientização dos adultos pode fazer a diferença.

“A partir da hora que você sabe que tem uma vacina no local, é gratuito e você tem a posição de não vir tomar, o que você está querendo para o seu organismo? É bem melhor você prevenir, levar uma picadinha do que ter uma doença”, comenta a costureira Roseli Medeiros.


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