11/07/2018 às 15h49min - Atualizada em 11/07/2018 às 15h49min

'Perdi a carteirinha de vacinação, e agora?' G1 responde dúvidas sobre vacinas

Primeira orientação é buscar o registro no local em que os imunizantes foram aplicados. Confira o que dizem Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Imunizações sobre o tema.

g1.globo.com - Monique Oliveira
É importante ter a carteirinha de vacinação, mas é possível se vacinar sem ela, diz o Ministério da Saúde. (Foto: Reprodução/ EPTV)
Em meio a campanhas intensas de vacinação, como a recente da febre amarela, muitos são os que não sabem o destino de suas carteirinhas de vacinação ou sequer lembram se tomaram a vacina ou não. Aí começam as dúvidas: "Dá para tomar sem carteirinha? Como sei as vacinas que eu tomei?".
 
É importante guardar a carteirinha, diz o Ministério da Saúde, mas quem perdeu pode recuperar o registro ou até tomar as vacinas básicas do calendário novamente caso isso não seja possível. Também qualquer brasileiro pode ir até uma sala de vacinação e tomar o imunizante mesmo sem a carteirinha em mãos.
 
O consenso é que ninguém deve deixar de se vacinar porque perdeu o registro, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
 
Embora seja importante o registro para controle individual e também para não dispender recursos públicos com vacinas repetidas, não há prejuízo à saúde de tomar o imunizante novamente, sinaliza Flávia Bravo, presidente da SBIm no Rio de Janeiro.
 
"Na dúvida, tome. Não existe overdose por vacina. O máximo que pode acontecer é tomar o imunizante sem necessidade" -- Flávia Bravo (SBIm/RJ).
 
O ideal seria que todos os brasileiros pudessem ter acesso ao registro digital de vacinas -- e o Ministério da Saúde diz que trabalha nesse sentido. Segundo o governo, a ideia é que todos os cidadãos acessem seu registro de vacinas por meio de um aplicativo: o Meu digiSUS, que está em desenvolvimento.
 
Hoje, alguns podem ter acesso ao registro digital de imunizantes e outros não, a depender da idade, explica Flávia Bravo. Enquanto não é possível ter acesso às vacinas pela internet, confira algumas perguntas e respostas sobre vacinação e registros.
 
Perdi a carteirinha de vacinação. Tem como recuperar?
Sim, responde o Ministério da Saúde. Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o posto de saúde onde recebeu as vacinas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a 2ª via da carteirinha.
 
Se eu não conseguir a 2ª via, qual a recomendação?
É possível tomar as vacinas novamente de acordo com a faixa etária e indicações. O Ministério da Saúde recomenda consultar o Calendário Nacional de Vacinação na Unidade Básica de Saúde ou no site do ministério.
 
O governo ressalta que o cartão de vacinação é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais.
 
É possível ter acesso a algum registro digital das minhas vacinas?
Quem é adulto certamente não terá acesso a um registro digital, diz Flávia Bravo, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações da regional do Rio de Janeiro.
 
Já o acesso digital às vacinas de crianças, vai depender da sala de vacinação em que cada criança começou seu processo de imunização. Se a sala já tinha aderido ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) no momento da imunização, é possível ter o registro.
 
O sistema, que começou a partir de 2010, permite o registro nominal das vacinas: ou seja, é possível saber se foi o José ou o João que tomou a vacina. Já a sala de vacinação que não tem o sistema, faz o o registro por doses tomadas, e não por indivíduos, diz Flávia Bravo.
 
O Ministério da Saúde informa que o SI-PNI está disponível em 5.257 municípios (94,3%) e em 24.388 salas de vacinação (67,4%). O sistema, no entanto, só permite o acesso do gestor. Não é possível entrar na internet e fazer uma consulta individual, mesmo em pessoas já cadastradas.
 
Outra possibilidade para evitar problemas futuros é fazer um registro digital individual caso a pessoa tenha a sua carteirinha em mãos.
 
Se eu chego no posto de saúde sem a carteirinha, consigo tomar as vacinas que eu preciso?
Caso não seja possível encontrar os registros anteriores, o Ministério da Saúde diz que qualquer brasileiro pode tomar as vacinas básicas novamente: seja na Unidade Básica de Saúde, seja em salas de vacinação pelo país.
 
A pasta ressalta, no entanto, que ter um registro das vacinas é imprescindível. Todos os brasileiros recebem um controle da vacina na hora da vacinação.
 
Se eu tomo a vacina na rede privada, essa vacina entra no registro do Ministério da Saúde?
O Ministério da Saúde diz que clínicas e unidades privadas também podem ter acesso ao SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) gratuitamente, mas isso vai depender da adesão de cada clínica.
 
"Essa adesão permite o conhecimento real sobre a situação vacinal da população que busca as unidades particulares para se vacinar, contribuindo para o monitoramento e acompanhamento das coberturas vacinais no país", diz o ministério.
 
Para controle individual, no entanto, é imprescindível guardar o comprovante e anexar junto à carteirinha de vacinação.
 
Consigo saber as vacinas que eu tomei por meio do meio cartão SUS?
Por enquanto, ainda não é possível. O Ministério da Saúde informa que está implantando o aplicativo Meu digiSUS, que contemplará além das informações de vacinas, a dispensação de medicamentos, atendimentos nas unidades de saúde e o prontuário do paciente.
 
Como eu sei as vacinas que preciso tomar?
O Ministério da Saúde mantém um calendário de vacinação com todas as vacinas distribuídas gratuitamente no SUS (acesse o de 2018). É possível comparar o calendário com o registro pessoal ou se dirigir a uma sala de vacinação.
 
Há também outros calendários, como o da Sociedade Brasileira de Imunizações. Além das vacinas disponíveis gratuitamente na rede pública, há as vacinas recomendadas por especialistas que podem ser adquiridas em clínicas particulares -- a depender também da indicação médica.
 
Tem vacina para adulto?
A tríplice viral (contra sarampo, caxumba ou rubéola) é aplicada até os 49 anos no SUS. Também a vacina da hepatite B é tomada a partir da adolescência e pode ser aplicada até após os 60 anos.
 
Recentemente, a vacina da febre amarela também passou a ser disponibilizada para todos. Também os adultos devem fazer um reforço da vacina dupla (contra difteria e tétano) a cada dez anos.
 
Há vacinas específicas para gestantes e para idosos. Também há vacinas para adolescentes (como o HPV). As vacinas também são atualizadas constantemente e há um calendário de vacinação todos os anos. Consulte o calendário do Ministério da Saúde para 2018.

Consulte o calendário do Ministério da Saúde para 2018 

























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