02/05/2018 às 15h26min - Atualizada em 02/05/2018 às 15h26min

Pessoas com sangue tipo O têm maior risco de morte por lesões graves

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor

vivabem.uol.com.br
O déficit de um agente de coagulação pode fazer com que pessoas com sangue tipo O tenham maior taxa de hemorragia
Você sabe qual o seu tipo sanguíneo? De acordo com um novo estudo japonês, se for tipo O, é melhor tomar cuidado. Após analisarem os dados de mais de 900 pacientes internados em um dos centros de emergência do Japão, uma equipe de pesquisadores do Hospital Universitário de Medicina e Odontologia de Tóquio descobriu que pacientes do tipo O têm uma taxa de mortalidade de 28%, enquanto os de todos os outros grupos sanguíneos combinados ficaram com 11%.
 
A notícia parece estranha, mas os resultados do estudo publicado no Critical Care têm explicação científica. Segundo os pesquisadores, a maior taxa de mortalidade desse tipo sanguíneo pode ser causada pelo que eles chamam de fator von Willebrand. Ele nada mais é do que um agente de coagulação do sangue, que pessoas com o tipo O têm em níveis mais baixos do que aqueles com outros tipos sanguíneos. O déficit do fator de von Willebrand poderia aumentar as taxas de hemorragia e, portanto, elevar o risco de fatalidade em casos de lesão grave.
 
Se esse for realmente o motivo, os cientistas sugerem que isso pode ajudar a equipe de atendimento de emergência a controlar a intensidade dos cuidados com o paciente desse tipo sanguíneo, principalmente na administração de transfusões de emergência, já que o O negativo é considerado doador universal.
 
Mais pesquisas são necessárias para confirmar a teoria de von Willebrand, sem mencionar se existem diferenças entre grupos sanguíneos negativos e positivos. Os autores também alertam que os participantes estavam limitados a pacientes japoneses e, portanto, podem não se aplicar a todos os grupos étnicos. No Brasil, por exemplo, os grupos mais comuns são o O e o A, que abrangem 87% da população. O B responde por 10% e o AB por apenas 3%. Japoneses, por exemplo, têm mais sangue B.

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