01/12/2017 às 15h22min - Atualizada em 01/12/2017 às 15h22min

Cerca de 90% da população siqueirense se protege contra DST

Isaele Machado - JCN
Ilustrativa
Atualmente, cerca de 827 mil pessoas vivem com o HIV no país, e aproximadamente 112 mil brasileiros têm o vírus, mas não o sabem.
O tratamento contínuo ao HIV pode controlar a doença, garantir a sobrevida dos infectados e tornar o vírus indetectável (o que equivale a prevenir a transmissão com uma segurança de 96%). Mas não pode curá-la. O teste rápido costuma detectar a infecção cerca de 15 dias após o contágio.
As campanhas costumam focar no uso da camisinha como método de prevenção, mas é essencial conhecer também a proteção disponível para casos de relação de risco desprotegidas, um conjunto de medicamentos contra o HIV que devem ser ingeridos por 28 dias no período imediatamente após o possível contágio.
De acordo com informações 90% da população de Siqueira Campos recorre à farmácia do posto de saúde, onde são distribuídos preservativos, isso indica que os cidadãos  sexualmente ativos estão se protegendo e com isso evitando as DST’s.
Além do HIV outras doenças podem ser evitadas com uso de preservativos, como Sífilis, HPV, Gonorreia, Herpes Genital, Hepatite B ou C.
Sífilis
Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, a infecção apresenta diferentes estágios, do primário ao terciário, e tem maior potencial de infecção nas duas primeiras fases, que costumam ocorrer até 40 dias após o contágio. É transmitida por relações sexuais ou pode ser passada da gestante para o bebê.
Os sintomas são feridas na região genital (na fase primária) e manchas no corpo que sugerem uma alergia (na fase secundária). O tratamento da doença é gratuito na rede pública, feito com penicilina.
O problema é que os sintomas podem se curar sozinhos e passar despercebidos.O fato de uma pessoa não ter mais sintomas não significa que esteja curada. Esse é o grande problema e faz com que o diagnóstico esteja muito abaixo do necessário
A sífilis terciária pode aparecer de dois a quarenta anos após o início da infecção, podendo causar lesões neurológicas, cardiovasculares e levar à morte.
O acompanhamento da gestante no pré-natal também é fundamental para evitar a transmissão da doença para o bebê. A sífilis pode levar à má-formação do feto, surdez, cegueira e deficiência mental.

HPV

O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.
O sexo é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.
Por isso, especialistas recomendam que mulheres em idade reprodutiva façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.
No fim do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 12 a 13 anos. Até agora, a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 13 anos.

Gonorreia

A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que infecta sobretudo a uretra.
O sintoma mais comum é a presença de corrimento na região genital, mas a infecção pode causar dor ou ardor ao urinar, dor ou sangramento na relação sexual e, nos homens, dor nos testículos. A maioria das mulheres infectadas não apresenta sintomas.
O tratamento é feito com antibiótico e deve ser estendido ao parceiro, mesmo que este não tenha sintomas.
Quando não tratada, a infecção pode atingir vários órgãos, como o testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas mulheres, e pode causar infertilidade e complicações graves.

Herpes genital

Transmitido pela relação sexual com uma pessoa infectada, o vírus do herpes causa pequenas bolhas e lesões dolorosas na região genital masculina e feminina.
As feridas podem acompanhar ardor, coceira, dor ao urinar e mesmo febre, e os sintomas podem reaparecer ou se prolongar quando a imunidade está baixa.
O herpes não tem cura. A partir do momento que você tem uma infecção, você ter vários episódios ao longo da vida. A única forma de prevenção é o preservativo.
Além do incômodo causado pelas lesões, o herpes pode facilitar a entrada das outras doenças sexualmente transmissíveis.
Os portadores do vírus devem ter cuidado redobrado para não transmiti-lo, o que ocorre principalmente quando as feridas estão presentes, mas pode também ocorrer na ausência das lesões ou quando elas já estão cicatrizadas.
A doença pode ter consequências graves durante a gravidez, podendo provocar aborto e trazer sérios riscos para o bebê.

Hepatite B ou C

No Brasil, as formas virais mais comuns de hepatite ou inflamação do fígado são as causadas pelos vírus A, B ou C.
A hepatite B é transmitida sexualmente, e também por transfusão de sangue e compartilhamento de material para uso de drogas, entre outros.
As mesmas formas valem para a hepatite C, mas a transmissão sexual é mais rara, por isso, ela não é considerada propriamente uma infecção sexualmente transmissível.
De acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são portadores dos vírus B ou C e não sabem.
Correm, assim, o risco de desenvolver a doença crônica e ter graves danos ao fígado, como cirrose e câncer.
A vacina contra a hepatite B é gratuita e disponível na rede pública. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue e o tratamento pode combinar medicamentos e corte de bebidas alcoólicas.
Os sintomas para ambas as doenças são raros, mas podem incluir cansaço, tontura, enjoo e pele e olhos amarelados.
Como a doença é considerada "silenciosa", é indicado realizar exames de rotina que detectam todas as suas formas.
Ainda não há vacina para a hepatite C.
 

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